Pesquisar
Close this search box.

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Fábio Garcia defende diálogo e critica nova intervenção na saúde de Cuiabá

Publicado em

Nesta sexta-feira (29), o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, se manifestou contra a possibilidade de uma nova intervenção na saúde pública de Cuiabá, destacando que uma medida dessa magnitude seria “traumática e desnecessária” no momento. Segundo ele, a proximidade do final do ano e a transição de governo justificam a busca por alternativas menos enérgicas para enfrentar a crise no setor.

Garcia reforçou que a atual gestão municipal, liderada pelo prefeito Emanuel Pinheiro, é a principal responsável pela situação caótica da saúde pública na capital. “Houve inúmeras operações envolvendo corrupção, desvio de dinheiro público e desrespeito ao cidadão. A saúde pública em Cuiabá reflete uma gestão marcada por falhas graves, e o prefeito, que está à frente da cidade há oito anos, deve ser responsabilizado”, afirmou.

O secretário enfatizou que o governo estadual está disposto a dialogar com o Ministério Público para encontrar soluções que minimizem os problemas na saúde da capital. Ele ponderou que uma intervenção resultaria em mudanças de secretários e reestruturações administrativas que poderiam gerar mais instabilidade em um momento delicado.

“Estamos a um mês do término do mandato da atual gestão municipal. Implementar uma intervenção agora seria duplamente prejudicial, pois teríamos mudanças imediatas e, logo em seguida, novas alterações com o próximo governo”, argumentou.

O procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior, já havia requisitado uma análise urgente do Tribunal de Contas sobre as inconsistências na prestação de serviços de saúde em Cuiabá. Caso as falhas apontadas não sejam resolvidas rapidamente, o Ministério Público poderá avaliar a necessidade de novas medidas interventivas.

Por outro lado, a Prefeitura de Cuiabá emitiu nota destacando que a intervenção estadual anterior, entre março e dezembro de 2023, alterou protocolos de regulação de pacientes, transferindo responsabilidades para o governo estadual. A gestão municipal defendeu um diálogo construtivo entre as partes e criticou a postura que desconsidera os esforços da administração atual.

Garcia concluiu sua fala afirmando que o foco deve estar na cooperação entre os entes públicos e na busca de soluções sustentáveis para a saúde pública, sem desviar a responsabilidade da gestão municipal. “Nosso objetivo é amenizar o problema e preparar uma base sólida para o próximo governo, sem adotar medidas que possam piorar a situação”, finalizou.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

CIDADES

POLÍCIA

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA

Botão WhatsApp - Canal TI
Botão WhatsApp - Canal TI