O ministro dos Transportes, Renan Filho, concedeu uma entrevista ao programa Bom Dia Ministro, na manhã desta quinta-feira (23), onde abordou questões sobre a liberação das licenças para a pavimentação da BR-158, que corta a região do Araguaia, em Mato Grosso. A rádio Capital 101.9 FM participou do programa e questionou o gestor sobre o projeto.
O ministro apontou que a antiga gestão, sob o comando do então presidente Jair Bolsonaro, foi responsável pelo atraso da obra, ao se recusar a modificar o traçado da rodovia, que passava por dentro da Terra Indígena Maraiwatsede, o que dificultava a obtenção das licenças ambientais.
De acordo com Renan Filho, o governo Bolsonaro “insistiu em fazer a rodovia cortando a reserva indígena ao meio”, o que foi uma barreira para que a licença fosse liberada. “Foi judicial, foi um embate técnico. O Ibama tinha um entendimento que não era razoável cortar a reserva ao meio com a rodovia. O governo anterior não topou alterar o traçado da rodovia”, disse o ministro.
Ele explicou que, ao assumir o ministério, propôs ao presidente Lula a mudança no trajeto da BR-158, sugerindo que, apesar de aumentar a distância da rodovia, a alteração evitaria a invasão da reserva indígena e facilitava o processo de licenciamento ambiental, além de melhorar o diálogo com os povos indígenas da região.
Renan Filho detalhou que a proposta foi aceita pelo presidente Lula e, com a modificação do traçado, as licenças ambientais foram finalmente concedidas. “Eu fiz o projeto, alterei o traçado e consegui a licença. E agora as obras vão andar na BR-158 e, finalmente, nós vamos acabar com aqueles quilômetros da estrada de barro, que atrapalhavam a logística no estado do Mato Grosso”, afirmou. Ele ressaltou que, até o momento, os caminhoneiros eram obrigados a percorrer trechos de estrada não pavimentada, dificultando o escoamento da safra, principalmente na região do Araguaia.
Além das melhorias na BR-158, o ministro destacou os diversos investimentos em infraestrutura que o governo Lula tem realizado em Mato Grosso. Renan Filho ressaltou que, durante o governo Bolsonaro, os recursos destinados ao estado foram limitados a R$ 281 milhões em 2022. Em contrapartida, em apenas um ano de gestão do presidente Lula, o governo federal investiu mais de R$ 713 milhões em 2023 e, em 2024, ultrapassou a marca de R$ 800 milhões.
“Independente das preferências políticas, quem é do agro sabe que investir em estrada é importante para a competitividade do estado. E quem investe em estrada no Mato Grosso é o presidente Lula”, declarou o ministro, enfatizando que os investimentos em infraestrutura são essenciais para o desenvolvimento do estado, um dos maiores polos produtivos do país.
Renan Filho também mencionou o andamento de outras obras significativas no estado, como a duplicação da BR-163 e a construção do anel viário de Cuiabá, além de anunciar a realização de leilões para a concessão de rodovias importantes, como a BR-364, que liga Cuiabá a Vilhena, em Rondônia, e a BR-070, que conecta o estado a Goiás. Esses investimentos visam otimizar o tráfego de cargas e impulsionar ainda mais a economia local.
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