
O governador Mauro Mendes, que vai entrar na Justiça contra decreto de Lula Crédito – Mayke Toscano/Secom
O governador Mauro Mendes (União Brasil) reforçou, nesta terça-feira (02), que não fará qualquer movimento político para evitar que a Assembleia Legislativa derrube o veto ao projeto de lei que concederia reajuste salarial aos servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A proposta foi vetada integralmente após parecer contrário da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
Questionado sobre a atuação da base governista, Mendes foi direto ao afirmar que não pretende reunir deputados nem mobilizar esforços pela manutenção do veto. Para ele, a decisão deve se basear exclusivamente na “consciência” dos parlamentares.
“Eu vetei porque li o parecer da Procuradoria, achei sensato e segui. Não tem trabalho político. O assunto está bem explicado, bem mostrado”, afirmou.
O governador voltou a criticar o reajuste específico ao Judiciário e reforçou que não há condições financeiras de estender um aumento semelhante a todas as categorias do serviço público. “Disse o seguinte: se for dar para um, tem que dar para todo mundo. Eu acho que não pode dar para todo mundo. A conta para o cidadão vai ser muito grande. Vai faltar dinheiro ano que vem se fizer isso”, declarou.
Mendes também destacou que o TJMT já ultrapassa o limite de alerta de gastos com pessoal e que o projeto não apresentou fonte de custeio nem estudos completos sobre o impacto financeiro — pontos citados no veto como violação da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Constituição.
Apesar da tensão política, o governador afirmou que sua posição não representa desvalorização dos servidores, mas uma medida necessária para manter o equilíbrio das contas públicas. “O parecer da PGE veio contra, e eu assinei embaixo”, concluiu.