
Foto: Secom-MT
Com 27 pontos críticos e duas grandes obras em andamento, o BRT e o Complexo Leblon, Cuiabá enfrenta caos no trânsito, com previsões de conclusão só em dezembro de 2026. Para tentar amenizar os impactos, representantes e especialistas apontam a necessidade de divulgação antecipada dos cronogramas das obras e escalonamento de horários de trabalho como medidas essenciais para minimizar os efeitos negativos e evitar o caos.
Os apontamentos foram feitos durante audiência pública realizada pelo Ministério Público do Estado sobre mobilidade urbana e os impactos das obras em Cuiabá, para discutir as consequências do agravamento no trânsito. De acordo com cronograma apresentado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) durante a audiência, na avenida Miguel Sutil as obras se estendem até abril de 2026.
O alargamento da via ao lado da trincheira deve ser concluído este mês. Já em outubro está prevista a liberação do trecho que liga a Rodoviária ao Coxipó, em cima do túnel. Para dezembro, a programação inclui a abertura da passagem inferior, na alça ao lado do McDonald’s, e a alça de acesso à avenida do CPA, próximo à sede da Polícia Federal.
Em fevereiro de 2026 deve ser liberada a pista no sentido Coxipó/ Rodoviária, também em cima do túnel, enquanto a trincheira da Miguel Sutil tem entrega projetada para abril de 2026, com conclusão total prevista para o mesmo mês. Sobre o BRT, a expectativa é que até o trecho da Prainha as obras estejam finalizadas em janeiro de 2026. No início do próximo ano as obras devem se estender pela 15 Novembro até encontrar o trecho de Várzea Grande.
No trecho Coxipó, as obras devem ser iniciadas a partir do ano que vem, com previsão de entrega até dezembro de 2026. Promotor de Justiça, Carlos Eduardo Silva destacou que a população enfrenta desafios diários devido à falta de previsibilidade sobre as interrupções no trânsito e opções de vias alternativas, a ausência de um plano emergencial discutido, a falta de fiscalização de veículos pesados e a carência de manutenção e sinalização adequadas.
Para ele, o problema não é apenas de infraestrutura, mas também de planejamento a longo prazo. Enfatizou a necessidade de um olhar específico para os impactos causados pelas obras, destacando que, apesar da importância das melhorias, é preciso equilibrar o progresso com a qualidade de vida dos cidadãos.