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TRAMA GOLPISTA

Medeiros atribui voto de Fux a pressão internacional e vê cenário para anistia

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O deputado federal José Medeiros (PL) avaliou que o voto do ministro Luiz Fux, no Supremo Tribunal Federal (STF), em favor da absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos cinco crimes relacionados à chamada trama golpista, foi influenciado por fatores externos. Apesar da manifestação favorável, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses.

Segundo ele, a decisão teria relação com pressões internacionais ligadas ao ex-presidente norte-americano Donald Trump.

Em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10.1), Medeiros classificou o posicionamento do magistrado como uma “guinada técnica” no julgamento e afirmou que o gesto deu novo ânimo à base bolsonarista. “Eu arrisco dizer que, com 90% de chance, na terça-feira a gente já começa a discutir a anistia na Câmara. O voto do ministro Luiz Fux animou os bolsonaristas”, disse.

O parlamentar destacou que, em sua visão, o julgamento vinha sendo conduzido mais pela “emoção” do que pela aplicação da lei. “Fazia tempo que a gente não via nesse processo qualquer discussão lastreada em jurisprudência, em constituição, em código penal, em código de processo penal. O que a gente via ali era um arrazoado de muito nada, muita emoção e pouca técnica. Ontem ele deu um voto extremamente técnico”, declarou.

Para aliados de Bolsonaro, a manifestação de Fux abriu espaço para intensificar a pressão política no Congresso em torno da proposta de anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro.

Medeiros também associou o comportamento do ministro ao chamado Magnitsky Act, legislação dos Estados Unidos que prevê sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos. A medida já foi usada contra o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF.

Na avaliação do deputado, o voto de Fux refletiu a preocupação em evitar eventuais desgastes internacionais. “Ele se rendeu, eu diria, à lógica e ao entendimento de que é melhor fazer o caminho certo da lei do que embarcar numa narrativa que vai prejudicar a ele próprio”, concluiu.

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