Psicóloga descobre câmera escondida no banheiro de apartamento em Cuiabá

A psicóloga Pollyanna Tavares procurou a Delegacia da Mulher de Cuiabá após descobrir que poderia estar sendo filmada através do túnel de ventilação do banheiro do próprio apartamento.
Moradora da Capital, a profissional conta como percebeu que estava tendo a privacidade invadida.

“Eu ouvi um barulho por duas vezes, uma vez quando eu estava no vaso sanitário, outra vez quando eu fui puxar o fio dental. Eu me aproximei dela para ver o que estava acontecendo. Pensei que fosse um bichinho a princípio. Quando eu me aproximo, eu vejo a câmera, que é daquelas controladas por controle remoto”, disse.

No início, a profissional chegou a suspeitar que o equipamento teria sido colocado por algum vizinho, mas mudou de ideia depois de descobrir que o encanamento da torre havia passado por manutenção um dia antes.

“Eu fiquei sabendo que eles utilizam uma câmera controlada por celular que percorre o fosso todo. Ai tirei da minha cabeça que poderia ser um morador, até mesmo porque, a minha vinha é uma senhorinha”, continuou.

Um perito da Perícia de Identificação Técnica (Politec) foi até o local e encontrou 2 furos na grade que separa o túnel da grade do banheiro. A psicóloga que permaneceu no apartamento por 4 meses relata que nunca imaginou que poderia ser filmada dentro da própria casa.

“A gente vê esse tipo de situação em hotéis, temos alertas para mulheres, principalmente quando a gente aluga um quarto ou uma casa. Agora, na minha casa? Que deveria ser um lugar onde a gente se sente segura”, disse.

Pollyana também denunciou o caso a administração do condomínio e espera que os culpados sejam responsabilizados.

Outro lado
Por meio de nota, o condomínio alega que acolheu a moradora assim que tomou conhecimento da denúncia e solicitou uma perícia da Politec e da Delegacia da Mulher. Informou também que forneceu as imagens das câmeras de segurança da área externa do residencial.

Administração ainda afirmou que aguarda o laudo policial ser concluído.

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