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TROCA DE FARPAS

Abilio rebate Emanuel e reforça necessidade de segurança pessoal

Abilio Brunini (PL) e Emanuel Pinheiro (MDB) trocam acusações sobre mudança na legislação que autoriza escolta policial para parentes do chefe do Executivo municipal

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O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), e o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) se envolveram em uma nova disputa pública nesta semana. O conflito foi motivado pela aprovação de uma alteração na Lei nº 5.807/2014, que amplia o direito a segurança pessoal custeada pelo poder público para familiares do prefeito.

“Ele tá acostumado com a polícia indo atrás dele, né? Eu estou acostumado com a polícia do meu lado”, assim Abilio começa a responder as alfinetadas que recebeu do ex-prefeito da Capital.

A polêmica começou após Emanuel Pinheiro publicar um vídeo criticando a medida, classificando como um “um grande esquema de segurança pessoal” financiado com dinheiro dos contribuintes. O projeto, aprovado em urgência especial pela Câmara Municipal no dia 29 de abril, foi sancionado por Brunini no dia seguinte.

Troca de acusações
Em suas redes sociais, Emanuel Pinheiro ironizou a medida, afirmando que o esquema incluiria “pai, mãe, filho, filha, sogro, sogra, padrasto, madrasta e até genro e nora”. Ele completou com “Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”.

Abilio Brunini rebateu, lembrando que o ex-prefeito também usufruía de segurança pessoal durante sua gestão, ainda que em formato diferente. “A única diferença é que o deles era em atividade delegada e a gente colocou uma parte da nossa segurança através de uma coordenação própria para cuidar desse assunto”, explicou.

O atual prefeito negou que o benefício seja extensivo a todos os parentes, limitando-o a filhos e à esposa, a vereadora Samantha Iris (PL). Ele ainda citou riscos concretos, como ameaças e tentativas de invasão a seus dispositivos eletrônicos. “A gente tem tratado com milhões, com dívida com valores exorbitantes. Eu não vou, só para agradar o Emanuel, deixar minha família em risco”, afirmou.

O que muda com a nova lei?
A legislação original, de 2014, já garantia ao prefeito o direito a escolta policial da Polícia Militar em situações de risco. A nova redação, no entanto, estende o benefício a parentes diretos, incluindo cônjuge, filhos, pais, padrastos, madrastas, enteados, genros e noras.

A justificativa apresentada pela prefeitura é a necessidade de proteção diante de ameaças contra o gestor e sua família. Entretanto, críticos argumentam que a mudança pode representar um uso abusivo de recursos públicos para beneficiar pessoas próximas ao prefeito.

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