A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), instaurou um procedimento para apurar a morte de um bebê que deu entrada sem vida no Hospital Geral de Cuiabá na noite de domingo (2), com a investigação formalizada nesta segunda-feira (03.11).
O caso ganhou contornos mais graves após a divulgação de informações de que o corpo da criança, levado pela mãe em uma mochila e dentro de uma sacola plástica, apresentava fraturas e a cabeça desprendida.
A mulher alegou à equipe médica que não sabia estar grávida e que teve um parto prematuro em casa, por volta das 17h. O casal, no entanto, só procurou o hospital cerca de quatro horas após o nascimento.
A avaliação preliminar da médica indicou que o parto pareceu ser pélvico e que o bebê tinha várias fraturas, levantando suspeitas sobre as circunstâncias da morte.
Apesar dos detalhes chocantes, as diligências iniciais da DHPP, incluindo informações preliminares do Instituto Médico Legal (IML), apontam que a principal hipótese investigada é a de óbito intrauterino, ocorrido há vários dias, sem indícios de aborto provocado.
O delegado Michael Paes, responsável pelo caso, reforçou que qualquer conclusão é preliminar e está estritamente condicionada ao laudo final dos exames periciais.”As versões não oficiais veiculadas em grupos de mensagem não estão confirmadas e a validação de qualquer informação só ocorrerá após a conclusão e o repasse formal dos laudos periciais,” disse o delegado, pedindo cautela.
As investigações prosseguem, e novas diligências serão definidas assim que o laudo pericial detalhado for concluído.