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PAUTA POLÊMICA

Max Russi critica “PEC da Blindagem” e vê retrocesso

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O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), se posicionou de forma crítica à chamada “PEC da Blindagem”, aprovada recentemente na Câmara dos Deputados. A proposta de emenda à Constituição dificulta o andamento de processos judiciais contra parlamentares, exigindo autorização prévia da Casa Legislativa para o prosseguimento de ações judiciais, além de ampliar o foro privilegiado a presidentes de partidos políticos.

Russi classificou a medida como um retrocesso. “Eu acho ruim. Acho que é um retrocesso. A gente não pode blindar quem quer que seja. Se fez algo errado, tem que pagar pelo que fez, independente do cargo, da posição, do poder econômico. A lei tem que ser igual para todos”, declarou o parlamentar.

Mesmo não estando diretamente envolvido na votação — já que a medida tramita no Congresso Nacional —, Max Russi comentou sobre as possíveis repercussões políticas da PEC. Questionado sobre o impacto nas eleições de 2026, ele foi cauteloso: “É difícil fazer uma análise nesse sentido. Vai depender de como o eleitor vai reagir”.

Apesar de sua posição pessoal contrária à proposta, Russi frisou que, enquanto presidente da ALMT, tem a obrigação de colocar projetos em pauta quando apresentados pelos deputados estaduais, mesmo que sejam controversos. “Na questão de coragem, na questão de obrigação. Todos os projetos que são apresentados, eu tenho que colocar em pauta. A gente é obrigado a fazer isso. Não posso selecionar os projetos que eu quero votar. Se for apresentado, com certeza irá para votação”, explicou.

Sobre a tramitação da proposta no Senado, onde a PEC segue agora para análise, Max Russi evitou fazer previsões, mas reafirmou sua postura. “Não consigo falar pelo Senado. Mas, se eu estivesse lá, votaria contra.”

A “PEC da Blindagem” foi aprovada com ampla maioria na Câmara dos Deputados e tem gerado intenso debate jurídico e político. Em Mato Grosso, a votação dividiu a bancada federal, evidenciando a polêmica em torno do tema.

A proposta ainda precisa passar por votação em dois turnos no Senado para ser promulgada. Caso aprovada, poderá modificar significativamente a forma como parlamentares respondem judicialmente por seus atos, levantando questionamentos sobre os princípios de igualdade perante a lei e a independência entre os Poderes.

 

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